Imagem: Teddy RawPixel
Se você está me acompanhando no Instagram viu que eu postei sobre a quantidade de roupas que eu consegui doar no último mês.
Comecei a organização da casa pelas roupas, porque no meu caso, é uma das coisas que tenho mais facilidade de desapegar.
Eu nunca fui muito consumista com relação à roupas, mas confesso que muitas vezes já comprei por impulso. Ou porque passei na frente de uma vitrine e achei a peça bonita ou porque o preço estava muito bom (ah, essas ofertas!) ou porque não queria voltar outro dia para escolher melhor. Acredito que isso é uma situação comum e que você também já tenha passado por isso.
O problema disso é que no final acabamos com um guarda-roupas com diversas peças que não são usadas.
Não sei se com você também é assim, mas eu acabo usando no dia a dia as mesmas peças de roupas (variando apenas nas mudanças de estação). As mesmas blusas para trabalhar, as mesmas calças, os mesmos calçados e assim por diante. E o restante vai ficando lá, por comodidade, apego ou qualquer outro motivo.
Pensando nisso, eu comecei a pesquisar e estudar sobre organização, minimalismo, descarte e adaptei um processo para ter um resultado mais duradouro e que se adaptasse aos meus valores.
Antes do desapego de roupas
Para fazer escolhas mais rápidas e que se adaptassem ao meu estilo de vida, eu primeiro pesquisei e comecei a entender o meu tipo de corpo, o que fica bem nele, o que eu gosto, quais cores ficam bem no meu tom de pele, qual meu estilo de vida, etc.
Ps: Aconselho os vídeos de moda da Justine Leconte no Youtube que explica tudo de um jeito muito simples e didático. Mesmo que você não entenda inglês, vários dos vídeos dela tem legendas em português.
Bom, mas voltando ao assunto, com tudo isso definido, foi muito mais fácil fazer a decisão de qual roupa ficava e qual saía definitivamente do meu guarda-roupas.
O dia do descarte
Sim, eu separei um dia para isso.
Peguei cada peça de roupa e experimentei. As vezes fazia mais de uma combinação com a peça para ter certeza da escolha.
As perguntas que me guiaram
Para cada peça de roupa eu fazia essas perguntas a mim mesma (e no caso de dúvidas, para o marido, rs).
Comecei com as mais simples:
– Isso me serve? É confortável? Me sinto bem com ela? Fica bem em mim? Eu gosto? Está em bom estado?
Se a resposta fosse negativa para qualquer uma delas, eu imediatamente já retirava e colocava na pilha para doação ou descarte e passava para a próxima. Assim mesmo, bem rápido.
Segunda Fase
Se a peça conseguisse passar por essas perguntas, ela tinha uma grande chance de continuar no meu guarda-roupas, mas para ter certeza, decidi acrescentar essa outra pergunta:
– Eu uso essa peça?
Se a resposta fosse não, eu pensava no motivo pelo qual eu não usava, já que ela passou pelas primeiras perguntas, ou seja, eu gostava, era confortável, servia, ficava bem e estava em bom estado.
Para algumas peças, vi que era apenas falta de costume. Decidi dar uma chance e deixar no guarda-roupas. Mas essas estão sob observação, para ver se vou realmente usar nos próximos meses.
Para outras, vi que apesar de gostar, não se encaixavam no meu estilo de vida atual, nem no estilo de vida que quero daqui para a frente. Essas foram as mais difíceis de desapegar, mas não fazia sentido deixa-las guardadas, enquanto outras pessoas podem realmente fazer uso delas.
E ainda para outras peças, eu não usava usasse porque não combinavam com mais nada no guarda-roupas (lembra das compras por impulso?) E aí eu tinha que decidir o que fazer a respeito. Se guardava e depois comprava algo para combinar ou se doava. Nesse caso, acabei colocando a maioria nas sacolas de doação.
Foi assim que consegui encher 08 sacolas com roupas, calçados, bolsas e acessórios (e também peças separadas pela marido).
E posso dizer que não me arrependi, nem senti falta de nenhuma peça doada.
Pontos importantes caso você também queira desapegar de roupas
| Entenda primeiro o motivo pelo qual você quer fazer esse desapego. Isso vai te ajudar a ficar motivada do início ao fim. Toda vez que bater a dúvida e tiver vontade de parar, lembre-se do motivo que te levou a começar o desapego de roupas. No meu caso, por exemplo, a motivação era simplificar, possibilitar escolhas mais rápidas e construir meu próprio estilo, sem seguir tendências de moda. |
| Faça as suas próprias perguntas, baseadas nos seus valores. Você pode tirar ou acrescentar perguntas, de acordo com o que for importante ou irrelevante pra você. Meu marido, por exemplo, ao me ver descartando roupas, se sentiu motivado, mas ele simplesmente foi até o guarda roupas, e foi retirando as roupas que ia doar ou descartar dizendo “ah, essa aqui eu não gosto”, “essa aqui eu não uso”, “eu tenho outra parecida” ou “essa tá velha”. |
| Não fique com uma roupa apenas porque você pagou caro nela. Não adianta ficar com ela no guarda-roupas sem motivo. Você pode vender peças em bom estado. Tem até aplicativos para isso. Se ela continuar no seu guarda-roupas, você vai continuar se sentindo culpada da mesma forma, toda vez que olhar para ela. |
| E por fim, vença a tentação e não olhe o conteúdo das sacolas com as doações. Entregue-as no destino o mais rápido possível, para não correr o risco de voltar com as peças para o guarda-roupas no impulso, quando na verdade você já tomou uma decisão consciente ao retirá-las. |
Espero que tenha gostado. E quero saber se você ficou animada para desapegar de algumas roupas ou se tem alguma outra dica para acrescentar, já que esse é um processo contínuo e sempre podemos aprender mais.